Um dos momentos mais mágicos dos últimos anos aconteceu no fim do último Monday Night RAW, com a estreia do novo grupo comandado por Uncle Howdy, o agora conhecido como Wyatt Sicks.
O nome sem dúvida alguma vem bem a calhar. O segmento foi tão imersivo que senti a sensação de que a qualquer momento Bray Wyatt surigiria num passe de mágica, com a WWE afirmando que sua morte em 2023 foi somente uma “kayfabe” de muito mal gosto e que nosso ídolo criativo estava de volta, porém, infelizmente todos sabemos da triste realidade.
Enfim, deixando o passado de lado e olhando para um presente agitado e um futuro ainda incerto, apesar das altas expectativas, me pergunto o que esperar desta nova empreitada liderada por Uncle Howdy, ou por Triple H, melhor dizendo. Tudo o que for feito por este grupo será atrelado a memória recente de Wyatt, queiram ou não, seja isso um ponto positivo ou não, ou seja, todo cuidado é pouco para que decisões esdrúxulas não sejam tomadas e os fãs se revoltem com total razão.
Voltando um pouco atrás, apesar de ter mencionado acima que gostaria de olhar para o presente e futuro, é importante analisar um pouco do que foi a curta tragetória de Wyatt em sua última e memorável passagem pela WWE. Seu retorno, ainda em 2023, me pareceu muito semelhante a estreia da Wyatt Sicks, com meses de divulgação e teasers, somados a QR Codes enigmáticos e muitas teorias, tornando o momento bastante especial. No entanto, com o tempo e a demora para a execução dos acontecimentos, a storyline começou a ficar cansativa, a ponto de seu retorno ter acontecido em outubro e o seu primeiro combate ser somente em janeiro. Para piorar, em um combate patrocinado com uma estipulação no mínimo bizarra.
Embora notícia anteriores afirmarem que o teor sobrenatural do grupo seria mais “pé no chão” do que a história que seria contada por Wyatt, não foi o que foi demonstrado com a estreia de ontem. Isso me levanta uma exclamação de que a WWE tem o dever de não cometer os mesmos erros que outrora cometeu com Wyatt.
Inicialmente a Wyatt Sicks deverá preencher o mid-card do RAW, até porque seria um erro jogar vários personagens novos no evento principal. Joe Gacy, Dexter Lumis, Nikki Cross, Erick Rowan e Bo Dallas sempre foram integrantes do mid e low-card, ou seja, seus personagens atuais precisarão ser construídos com muito cuidado, porém, ao mesmo tempo não poderão fazer a mesma enrolação de antes, a ponto do público ficar saturado. A questão sobrenatural também precisará ser analisada, pois num curto prazo também cai no “boring”.
Triple H demonstrou na WrestleMania 40 que sabe trabalhar da melhor forma possível com nomes de peso, fazendo com que a storyline envolvendo Cody Rhodes e a The Bloodline fosse a melhor dos últimos anos, porém, agora precisará mostrar sua habilidade com nomes ainda sem expressão.
A memória de Wyatt neste jogo pode ser algo bom e ao mesmo tempo ruim, pois será muito fácil agradar ou decepcionar a todos. Boa sorte, Hunter!
