Comentários e Notas: WWE Money in the Bank 2023

No último dia 1 de julho, a WWE realizou mais um grande evento, o Money in the Bank. Em uma noite de ação, a empresa apresentou 7 combates de qualidade… mas será que foram bons mesmo? Bem-vindos a mais uma edição do Comentários e Notas, o quadro onde avaliamos as lutas dos principais eventos das principais empresas atualmente no pro-wrestling.

Antes de começarmos, deixa eu dar um recado importante: O sistema de notas NÃO reflete sobre o que essas lutas aqui foram se comparadas com outras. Explicando melhor, não é porque uma luta aqui é nota 10 que ela se compara com lutas que foram 5 estrelas, nada disso, porém, pro padrão que o evento se propôs a apresentar, ela foi nota 10, deu pra entender direitinho? Sem mais delongas, bora lá:

Men’s Money in the Bank

Iniciamos o evento com a famosa Men’s Money in the Bank Match e, para a minha não surpresa, foi uma boa luta como sempre costuma ser. Se você ver que o Ricochet vai estar em algum combate envolvendo escadas, acredite, o combate vai ser bacana. Cada um dos participantes, mesmo que selecionados de forma bastante aleatória, souberam se encaixar no combate e tiveram bons momentos em suas participações, tornando esses 20 minutos em algo bem agradável de se assistir. E agora falando sobre o famigerado resultado, gente, vocês realmente achavam que o LA Knight ia vencer? Eu também queria muito que ele vencesse, sério, mas não tem como ele ser o escolhido se um dos favoritos de Triple H, Damian Priest, está no combate. Até pode ser uma boa rivalidade entre Priest e Seth Rollins com envolvimento e futura quebra do Judgment Day, mas ainda acho que LA Knight era a opção mais legal.

Vencedor: Damian Priest – Nota: 8/10

Liv Morgan e Raquel Rodriguez vs. Ronda Rousey e Shayna Baszler

Quando o ponto mais alto da luta é quando ele acaba, você já bem imagina o que isso aqui foi. Esse combate foi criado por uma razão muito simples: Liv Morgan havia se lesionado e Rodriguez deixou os Women’s Titles vagos com isso, deixando o caminho livre para Rousey e Baszler vencerem, além de unificar os títulos com os do NXT. Chegamos então ao combate e a única coisa relevante é a traição da Baszler, só, literalmente isso, não tem mais nada de relevante a ser dito sobre, parabéns para as novas campeãs. Isso já está gerando uma nova rivalidade que deve culminar com a saída oficial de Rousey da WWE, algo que eu agradeço muito porque ela é uma lutadora muito chata de se acompanhar. Quanto a Baszler, bom, acredito que ela vá acabar recebendo algum destaque graças ao booking do Triple H, mas não confio muito.

Vencedoras: Liv Morgan e Raquel Rodriguez – Nota: 5,5/10

GUNTHER vs. Matt Riddle

Sim, é oficial, Matt Riddle se tornou o principal saco de pancadas da WWE. Ele não vence ninguém em rivalidades e, mesmo que aqui ele realmente não devesse vencer, ele fica cada vez menos credível como oponente aos olhos do público. Foi mais uma típica luta do GUNTHER onde ele dominou do início ao fim e o oponente não teve qualquer chance, então ele venceu mais uma vez e continua o seu ótimo reinado como Intercontinental Champion. O que vai dar uma luta maior pra esse combate é o seu pós luta onde ele, Drew McIntyre, fez uma aparição surpresa e atacou GUNTHER. Ele, McIntyre, o que homem que DEVERIA ter derrotado Roman Reigns no Clash at the Castle, volta para a WWE e deve ser o oponente de GUNTHER no SummerSlam. Mesmo que ele não vença, é um oponente credível, aleluia.

Vencedor: GUNTHER – Nota: 6,5/10

Cody Rhodes vs. Dominik Mysterio

Por que exatamente essa luta existiu? Eu sou sincero quando digo que adoro o personagem do Dominik e como ele é odiado pelo público, mas é necessário dizer que dentro do ringue ele não passa de mediano. Dito isto, voltamos para a pergunta: Por que exatamente essa luta existiu ? Eu sei o motivo e acredito que você também saiba, afinal, foi uma luta que existiu unicamente pro Cody fazer algo no pay-per-view enquanto preparavam o Lesnar para o SummerSlam. A luta foi sem sentido algum e a mais fraca da noite com certa facilidade. Talvez uma das piores da WWE nos últimos eventos e olha que nem teve botch, mas foi tão sem sentido que me deixou com sono enquanto assistia. A rivalidade entre Cody e Lesnar também não é algo que me agrada muito, porém, é o que temos pro futuro próximo e só resta aceitar.

Vencedor: Cody Rhodes – Nota: 5,5/10

Women’s Money in the Bank

Eu preferi a luta masculina, porém, aqui tivemos uma luta igualmente boa e que ajudou a elevar o nível do evento. Talvez fosse a luta com a vencedora mais improvável, tipo, tinha-se a vontade do público em ver a IYO vencendo, mas Bayley, Beckt Lynch e Trish Stratus no combate parecia pouco provável. Para a felicidade da nação, Triple H acertou ao fazer não só IYO pegar a maleta, como também fazer isso com ela impedindo que Bayley, sua companheira do Damage CTRL, conseguisse vencer a luta pela segunda vez na carreira. Já falei que o combate foi bom, mas acho legal citar a participação da Zelina Vega que, mesmo não tendo chance alguma de ganhar neste contexto, participou do spot com a Zoey Stark nas escadas e foi um momento muito legal. Agora resta ver se a IYO vai conseguir fazer o cash-in na Asuka.

Vencedora: IYO SKY – Nota: 7,5/10

Finn Balor vs. Seth Rollins

Algo em minha cabeça me diz que o senhor Finn Balor deve chorar no banho quando lembra de suas passagens pela NJPW e pelo NXT porque assim, sério, fazem de tudo pra ele sair por baixo. Era óbvio que ele não ia derrotar o Rollins por diversos fatores envolvidos, mas a WWE fez questão de ressaltar até no pós-luta que o foco de toda essa storyline não é ele e nem vai ser, inclusive tendo a possibilidade bem concreta do Damian Priest conquistar o Heavyweight Title e ele não, ele só serve de oponente porque o nome dele ainda é minimamente “respeitado” pela galera, mas é cada vez menos provável que ele tenha o momento que merece depois do SummerSlam de 2016. Dito isto, mais uma boa defesa do Rollins e com a camada de que o Priest pode fazer o cash-in a qualquer momento.

Vencedor: Seth Rollins – Nota: 7/10

The Bloodline vs. The Usos

Se você quiser apresentar pra alguém uma luta que seja muito mais focada na storyline do que na ação dentro do ringue, essa aqui é a luta que você deve usar como exemplo. Eu não preciso nem falar sobre o quão longa é a storyline da Bloodline e como eu me canso dela cada dia mais, mas isso aqui me trouxe de volta ao que está acontecendo, entende? Finalmente ver The Usos traindo o Roman e isso gerar um combate no Money in the Bank deu um novo frescor pra essa storyline e eu gostei disso. É claro que muitas expressões faciais até mesmo exageradas foram usadas aqui e o melodrama chega em níveis absurdos, mas eu gostei bastante deste combate e de seu desenrolar como um todo. Pulei da cadeira quando Jey finalmente fez o pinfall no Reigns porque nada na vida me deixa mais feliz que do ver Roman Reigns sendo derrotado em palcos grandes.

Vencedores: The Usos – Nota: 9/10


Na minha visão, a nota geral do evento foi um 8. A WWE continua a fazer bons eventos fora dos Estados Unidos e isso deve ser uma nova toada de agora em diante, mas não deixo de pensar que poderiam ter utilizado mais lutadores britânicos aqui. Gostei de alguns combates, mas pelo menos 2 foram desnecessários e deram uma quebrada no evento. O retorno de John Cena também foi bom demais, muito legal vê-lo outra vez.

Concorda ou não? Coloca sua opinião aí nos comentários e bora discutir saudavelmente, belezinha? Até mais!