Mendes Review: IMPACT Hard To Kill 2020

No último domingo, dia 12 de Janeiro, a Impact Wrestling realizou pela primeira vez o evento Hard To Kill diretamente de Dallas, no Texas. O evento teve 8 lutas programadas e mais uma criada ali na hora. Sem mais delongas,…

Por   — 

No último domingo, dia 12 de Janeiro, a Impact Wrestling realizou pela primeira vez o evento Hard To Kill diretamente de Dallas, no Texas. O evento teve 8 lutas programadas e mais uma criada ali na hora. Sem mais delongas, vamos a análise das lutas do evento:

Ken Shamrock vs. Mad Man Fulton

Neste ponto, ninguém deveria continuar esperando uma luta fenomenal de Shamrock. Na sua idade, ele ainda tem um físico incrível e é um grande badass, mas ele não é mais a mesma coisa de antigamente. Fulton fez um bom trabalho ao vender bem a ofensa de Shamrock e contar a história de uma força imparável atormentada por ferimentos. Ele tentou se dar bem, mas caiu, como muitos o fizeram, graças ao veterano.

Essa história ajudou a elevar a qualidade da partida, tornando-a muito melhor do que a luta de Shamrock com Moose at Bound for Glory. Há um monte de caras de épocas passadas que acabam voltando aos negócios. Shamrock abraçou seu retorno e, independentemente da qualidade das lutas dele, seu esforço nunca pode ser questionado.

Vencedor: Ken Shamrock – Nota: 6/10

Ace Austin vs. Trey Miguel pelo X-Division Championship

A completa falta de venda da lesão no joelho por Miguel meio que quebrou um pouco essa luta. Tanto esforço e tempo foram dedicados à segmentação daquela parte do corpo que largar isso fazia pouco sentido. Tirando isso, a química dos dois no ringue foi forte e Austin é uma das estrelas jovens mais promissoras da indústria. Ele é um ótimo heel com um dos arsenais mais inovadores e originais da indústria. Com apenas 23 anos de idade, ele “exala” dinheiro e deve ser uma estrela para a empresa enquanto ela o possuir.

A briga dos dois após o combate mostrou que a storyline entre os dois pelo título está longe de acabar.

Vencedor: Ace Austin – Nota: 7.5/10

Jordynne Grace vs. ODB vs. Taya Valkyrie pelo Impact Women’s Championship

Foi bom ver ODB de volta em um PPV da Impact Wrestling, mas pode-se argumentar que a qualidade geral dessa luta teria sido ainda melhor se houvesse uma luta simples entre Valkyrie e Grace. Grace é uma grande lutadora. Ela é atlética, vende bem os golpes e mistura velocidade e poder com grande sucesso. Ela é claramente o futuro da divisão Knockouts.

Com isso dito, parece que Valkyrie ainda tem alguma a provar em seu reinado. Com uma personalidade detestável e desagradável, ela é o tipo de vilão que os fãs querem ver se ferrando. Em algum momento, isso acontecerá. Em algum momento, estará nas mãos de Grace. Não era a hora certa, dê aos fãs mais tempo para digerir a história e se envolver na disputa, e o resultado será um momento muito mais memorável quando Grace finalmente terminar o reinado de Valkyrie.

Vencedora: Taya Valkyrie – Nota: 8/10

Brian Cage vs. Rob Van Dam + Daga vs. Rob Van Dam

Ambas as lutas visaram elevar essa “encarnação” em Van Dam. Nesse sentido, funcionou. A introdução de Jennifer, namorada de Forbes, como Callis comenta, acrescenta outro elemento ao ato de RVD e o torna muito mais odiado. Cage vendeu como um campeão, realmente substituindo o lado agressivo e implacável de Van Dam. The Machine era uma confusão de músculos cansados, surrados e imóveis, quando árbitros e oficiais o ajudaram a sair do ringue. A maneira como ele foi eliminado da luta e, simultaneamente, protegido da derrota, sugere que a rivalidade entre ele e a lenda está longe de terminar.

O único aspecto negativo? Daga perdendo tão rápido e como perdeu. Claro, rolou a interferência de Forbes, mas não o suficiente para levar ao resultado decididamente unilateral. Como isso o beneficiou – a menos que seja para ser o início de uma storyline maior a longo prazo – é um mistério.

Vencedor (Cage vs. Rob): No Contest / Vencedor (Daga vs. Rob): Rob Van Dam – Nota (Ambas as lutas): 6.8/10

Eddie Edwards vs. Michael Elgin

Esta foi apenas uma guerra entre dois caras quase se matando, as condições do Call Your Shot deram motivo para cada kickout e comeback. A ofensa foi dura, os concorrentes punindo um ao outro com uma série de ataques como suplexes e outros de grande impacto. Elgin fez valer seu apelido, mas a resistência de Edwards era a história da luta. Ele apanhou muito, mas resistiu a tudo em nome de manter o troféu que conquistou em outubro.

O olhar no rosto de Elgin após a derrota contou a história de um competidor absolutamente certo de que ele iria vencer, apenas para perceber que havia arrancado a derrota das garras da vitória, apesar tentar tudo o que podia contra seu oponente. Uma das melhores lutas do show.

Vencedor: Eddie Edwards – Nota: 9.5/10

Moose vs. Rhino

Isso foi pouco mais do que uma boa briga cheia de armas entre uma das estrelas mais brilhantes da Impact e um oponente veterano cuja falta de egoísmo o definiu. Rhino parecia um concorrente ressurgente tendendo para cima, apenas para ver um Moose alerta e astuto manipular o posicionamento do árbitro, colocá-lo no caminho do Gore e viver para acertar um spear momentos depois para a vitória.

Parecia a conclusão da rivalidade e, com os candidatos a heel necessários, se os próximos main events forem do jeito que a maioria espera, Moose pode se encontrar em meio a coisas maiores e melhores depois de Hard to Kill.

Vencedor: Moose – Nota: 7.2/10

Willie Mack vs. The North pelo Impact Tag Team Championship

Esse foi um show de força fantástico e individual de Mack. Ele foi fantástico aqui, o babyface desafiador tentando superar a desvantagem de números, enquanto ele tentava lutar por si e Rich Swann e ganhar o título de tag pros dois. Apesar de algumas near-falls bem legais e um spot destruidor, não era o dia de Mack.

Page e Alexander continuaram a demonstrar por que eles são a melhor equipe de tags que você nunca ouviu falar. A química deles é inegável. Eles têm um ótimo arsenal de golpes em dupla e seu trabalho aqui foi tão parte da qualidade geral quanto o desempenho inspirador de Mack. Eles foram os melhores para esta partida e seu domínio sobre a divisão de tag team continua.

Vencedores: The North – Nota: 9.3/10

Sami Callihan vs. Tessa Blanchard pelo Impact Wrestling Championship

Essa luta e suas implicações são mais significativas para o papel das mulheres no wrestling profissional do que qualquer Evolution ou evento principal da WrestleMania. Nos dias em que todos querem defender o papel das mulheres no entretenimento esportivo, a Impact Wrestling reconheceu o diamante bruto que tinha em suas mãos e fez um esforço concentrado para transformar Blanchard na maior estrela da empresa. Não por colocá-la pra competir contra Taya Valkyrie e o resto da divisão feminina, mas colocando-a no ringue com as principais estrelas masculinas.

Por meses, ela ganhou credibilidade trabalhando com Callihan e a OVE, em parceria com Tommy Dreamer, Rob Van Dam e Rhino, e até conquistando uma vitória sobre Brian Cage. Ela foi preparada, “pushada” e criada para esse spot porque a Impact reconheceu que isso tinha potencial para fazer história, para mostrar aos críticos que a luta entre gêneros poderia ser tratada corretamente e para provar que uma mulher poderia prosperar contra qualquer homem e nos lugares de maior destaque na história. A pergunta que não quer calar é, que vai em busca do título agora ?

Vencedora: Tessa Blanchard – Nota: 10/10

Pra mim, a nota do show é 9/10, porquê o show foi muito bom e histórico, mas 2 ou 3 lutas poderiam ter sido tiradas do card. E vocês, o que acharam do evento ? Até mais!