Realmente vivemos um dos momentos mais difíceis da história, com uma pandemia que pelo menos aqui no Brasil já matou mais de 100 mil irmãos, deixando milhares de famílias em luto e a espera de um futuro menos conturbado.
Bem, desabafo a parte, a situação no entretenimento esportivo também não é das melhores, ainda que as empresas tentem contornar a situação de uma forma ou de outra, afim de manter suas atividades econômicas e não irem a falência, gerando mais desemprego e desgraça.
Indo de uma vez para o pro-wrestling, a WWE voltou a viver nestes tempos de pandemia uma situação bastante delicada no tocante as audiências de seus shows semanais, precisando de forma urgente tomar medidas para que este cenário horrível seja alterado.
Se formos pensar na Attitude Era, a época em que a empresa de fato se tornou uma gigante, não somente no pro-wrestling, mas em todo o cenário do entretenimento, seria uma boa talvez tentar resgatar algumas características para os tempos atuais, sendo talvez uma breve resolução dos enormes problemas e turbulências vivenciadas. Claro que se deve levar em conta que nem tudo o que era feito antes poderá ser feito agora, principalmente pela faixa de idade permitida para assistir a um programa PG e também pelo fato de tudo ter mudado de lá pra cá.
Era bastante normal na Attitude Era termos diversas “stables”, que nada mais são do que facções formadas por diversos lutadores que tem como objetivo dominar a tudo e todos. Quem não se lembra da Corporation, Nation of Domination, D-Generation X, nWo (era da WCW mas fazia parte). Querendo ou não, as destruições e confusões causadas todas as semanas por estes grupos sempre chamou audiência, pois os fãs sempre tiveram esperanças de alguém chegar e dar um basta a tudo. Realmente funciona.
Vendo a atual situação, que é bastante delicada, a WWE parece estar disposta a resgatar esta caraterística da Attitude Era para tentar salvar suas audiências e pelo menos nesta primeira semana, tudo deu bastante certo.
De um lado temos uma espécie de Nation of Domination 2.0 com a Hurt Business, liderada pelo mestre da comunicação MVP, que não somente quer dominar o Monday Night RAW como também a grande criação de Shane McMahon, o RAW Underground (um artigo sobre esta criação dos deuses ainda será feito). Do outro temos uma espécie de novas The Nexus ou até mesmo The Aces and Eights, a RETRIBUTION, que talvez seja a grande cereja do bolo.
Ainda que um grupo que destrua tudo e todos e use máscaras e gorros seja aparentemente repetitivo, é algo que prende a atenção de grande parte da audiência, pois sempre existe a expectativa de quem será seu próximo alvo, ou de quem faz parte deste movimento macabro.
Somando tudo isso temos um misto de mistério e muita destruição, algo que era bastante visto nos tempo de Attitude Era e creio eu irá salvar ainda que de forma paliativa, pois muito mais do que isso precisa ser feito, a audiência dos principais programas da empresa. O WWE SummerSlam é logo ali, ou seja, o interesse dos fãs pelo segundo maior evento do ano precisa aumentar urgentemente. A criação destas duas stables, somadas ao grandioso RAW Underground parece estar ajudando bastante.
Já que a equipe criativa da WWE não tem ideias atuais e não sabe bem o que fazer, e isso não é de hoje, mas muito antes de todo esse caos que estamos passando, o jeito é ir torcendo para a empresa continuar se inspirando em sua época de ouro dos anos 90.
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