Cody Rhodes, atual Undisputed WWE Champion, declarou que a antiga cultura de “lutar machucado” a qualquer custo chegou ao fim na WWE. Durante sua participação no podcast All The Smoke, com Matt Barnes, ele afirmou que a mentalidade da empresa mudou para priorizar a saúde e a segurança de seus atletas, marcando o encerramento de uma era em que suportar a dor era visto como parte do trabalho.
Como principal exemplo dessa transição, Rhodes mencionou seu icônico combate no Hell in a Cell 2022 contra Seth Rollins, quando lutou com o tendão peitoral completamente rompido. Segundo ele, aquele episódio pode ter sido o ponto final para esse tipo de performance extrema na companhia. “Nós não lutamos mais machucados. Aquele pode ter sido o último exemplo de ‘Ei, vamos lutar assim mesmo’”, explicou.
Rhodes também destacou que a WWE mantém uma política rigorosa contra o abuso de substâncias, o que influencia diretamente a forma como as lesões são tratadas. “A WWE é muito inflexível sobre não haver mais abuso de substâncias nesta empresa. Nenhum. Os anos 80 acabaram”, afirmou. Ele acrescentou que, antes da luta, tomou apenas quatro aspirinas infantis, já que a equipe médica não disponibilizou analgésicos mais fortes. Além disso, revelou que os oficiais estavam prontos para interromper o combate caso houvesse qualquer sinal de risco: “Lembro-me de me dizerem na época: ‘Ei, se você sentir dor, vamos parar. Não há nada a provar aqui.’”
A discussão voltou à tona após o recente confronto entre os dois no Crown Jewel, quando Seth Rollins teria sofrido uma ruptura no manguito rotador. A lesão forçou a WWE a alterar os planos criativos para o futuro do Raw e o Survivor Series. De acordo com o Wrestling Observer Newsletter, Rollins estava originalmente escalado para enfrentar CM Punk no Saturday Night’s Main Event e liderar a equipe de heels no WarGames.
Diante das graves lesões que marcaram a rivalidade, Rhodes concluiu que novos confrontos entre ele e Rollins se tornaram inviáveis. “Ele e eu não somos bons um para o outro”, declarou. “Não precisamos lutar nunca mais. Ele ferrou o ombro. Aquela foi a primeira grande lesão que eu já tive. Mas fiquei feliz por estar no ringue com ele naquela noite. Foi especial.”