Comentários e Notas: ROH Death Before Dishonor 2021
No último dia 12 de setembro, a ROH realizou mais um de seus grandes eventos, o Death Before Dishonor. Em uma noite cheia de ação, a empresa apresentou 9 combates de qualidade… mas será que foram mesmo ? Bem-vindos a mais uma edição do Comentários e Notas, o quadro onde avaliamos as lutas dos principais eventos das principais empresas atualmente no pro-wrestling.
Antes de começarmos, deixa eu dar um recado importante: O sistema de notas NÃO reflete sobre o que essas lutas aqui foram se comparadas com outras. Explicando melhor, não é porque uma luta aqui é nota 10 que ela se compara com lutas que foram 5 estrelas, nada disso, porém, pro padrão que o evento se propôs a apresentar, ela foi nota 10, deu pra entender direitinho ? Sem mais delongas, bora lá:
Honor Rumble
Como sempre, não dá pra ter uma Battle Royal que seja boa ao extremo. O começo foi divertido, não muito bom, mas com spots legais. O maior problema da luta é que poucos dos participantes ali poderiam conquistar uma chance pelo World Title, então a luta só foi boa mesmo quando o Alex Zayne entrou por último. Flip Gordon tinha acabado de ser derrotado pelo Bandido e voltou com um visual retrô, parece que vai voltar com aquilo de babyface e tals, vamos esperar pra ver. Acho que o Zayne vai derrotar o Bandido ? Possivelmente não, mas foi bom vê-lo recebendo um bom destaque após uma passagem focada apenas no 2O5 Live na WWE.
Vencedor: Alex Zayne – Nota: 6/10
Dalton Castle vs. Eli Isom
Tivemos uma boa bem decente aqui, melhor do que o Rumble em alguns quesitos se pararmos pra analisar. Poderia ter sido colocada em algum show semanal ao invés de ser no PPV ? Óbvio, mas vamos relevar isso, pelo menos aconteceu em frente a uma crowd e isso ajudou. Dalton Castle foi World Champion, mas convenhamos que a jornada recente dele não tem sido tão boa quanto deveria. Isom, por outro lado, não sei se saiu mal ou bem dessa luta, foi bem uma luta que não serviu pra nada mesmo. Como era a luta que abriria o show pra valer, todo mundo já sabia que não seria mais do que mediana, nada a declarar.
Vencedor: Dalton Castle – Nota: 6/10
Jake Atlas vs. Taylor Rust
Essa luta aqui foi criada pra dar destaque pros dois lutadores, já que eles haviam sido cortados do WWE NXT aparentemente sem motivo, pior ainda pro Taylor, que estava numa crescente com a Diamond Mine e simplesmente foi cortado. Era pra dar destaque, mas foi bem broxante pelas circunstâncias. Atlas pode ter sido nocauteado ou se lesionado durante a luta, então eles não tiveram tempo e nem condições pra fazer uma luta realmente boa, e acabou mais cedo do que era o esperado pros fãs. Com a saída do Atlas do pro-wrestling, podemos esperar que o Taylor receba um destaque na Pure Division da ROH.
Vencedor: Taylor Rust – Nota: 5/10
Trios Match
Confesso que não fui muito fã dessa luta aqui, mas não posso negar que deu pra entreter a galera. A história por trás não existia muito, já que era resumida só em colocar as estrelas do passado, presente e futuro da Pure Division pra colidirem entre si, então foi só pra passar o tempo. A popularidade e o carinho dos fãs pelo Deppen e pelo Moriarty ajudou pra que a luta fosse mais apetitosa aos olhos da galera. A Violence Unlimited saiu por cima e isso era o esperado e o certo, uma boa decisão. Talvez poderia ter sido melhor se fosse uma Tornado Trios Match, mas não foi ruim.
Vencedores: VLNCE UNLTD – Nota: 6,5/10
OGK vs. Briscoes
Sejamos sinceros, essa foi a melhor luta do Taven e do Bennett como dupla, porém, o carisma deles é muito em falta, fica triste. Os Briscoes, por outro lado, são amados pelos fãs e só o andar deles já dava mais gás na luta do que quando Taven e Bennett falavam alguma coisa. Mas falando do ringue, Taven teve uma boa atuação, atacou o pescoço dos oponentes com boas combinações de golpes. Os Briscoes em si geralmente não tem lutas ruins, mas o final foi meio estranho se analisarmos o que os comentaristas disseram. Eles falaram sobre como os Briscoes estavam se recuperando para voltar ao topo da divisão de duplas e aí eles perdem com um Small Package… complicado.
Vencedores: OGK – Nota: 6/10
Jonathan Gresham vs. Josh Woods
Talvez eu esperasse muito dessa luta, mas me decepcionei um pouco. Algumas coisas da luta não funcionaram pra mim, especial o pinfall duplo que, pra mim, foi cercado de um drama tão gigantesco que acabou ficando chato. As Pure Rules são até bem legais, mas aqui pareceu que elas não fizeram tanta diferença assim, sendo que o confronto era pelo Pure Title. A luta ainda foi boa, esses caras não entregam lutas ruins e conseguiram recuperar o nível depois que a luta foi reiniciada. O golpe final do Woods foi simplesmente lindo, uma coisa digna de 500 replays se possível, e o Gresham de maneira alguma sai por baixo. Campeão com mais defesas e maior reinado, ainda está em alta mesmo com a derrota.
Vencedor: Josh Woods – Nota: 7,5/10
STP vs. LFI
Esse aqui é um exemplo de uma luta com caras grandes que deu certo, quebrando a expectativa. O’Shay substituindo o Shane foi bom para deixar os caras menos conhecidos brilharem, mas sem o próprio Shane e o RUSH, a luta perdeu bastante brilho. Dragon Lee foi o melhor da luta, Kenny King teve seus momentos e o Bestia só apareceu literalmente em 3 ou 4 spots. O ritmo da luta foi bom e teve sua qualidade, mas o final com o árbitro perdendo a interferência do Shane foi o que tirou vários pontos bons dessa luta aqui. Tipo, ficou tão escancarado que isso estava no booking que ninguém comprou essa ideia.
Vencedores: Shane Taylor Promotions – Nota: 6,5/10
Miranda Alize vs. Rok-C
A minha luta favorita do show e isso é bem compreensível, já que foi a primeira vez em que as mulheres roubaram os holofotes em um evento da ROH. Sendo a final de um torneio por um novo cinturão tornou essa luta mais importante do que todas as outras com cinturões, e a ROH entendeu e aproveitou isso. Gosto muito de como a Alize interpreta essa heel irritante e a Rok-C continua me impressionando, a garota é o futuro. A luta foi ficando cada vez melhor e cada pinfall indicava que poderia acabar naquele momento, mas felizmente a luta durou um bom tempo. A luta foi o que o cinturão precisava pra chegar com os dois pés na porta e essas mulheres vão atrair atenção de várias empresas agora.
Vencedora: Rok-C – Nota: 8/10
Elimination Fatal 4-Way
O main event do evento começou de maneira muito lenta e entediante, mas melhorou com a saída do EC3. O jeito de eliminar ele foi bem estranho se considerarmos que já fizeram tanto esse spot que enjoou, mas ok. Tivemos uma boa reunião do Mexasquad e, quando você coloca dois lutadores do calibre de Bandido e Flamita juntos, o resultado não é nada menos que espetacular. A luta não foi tão boa quando se tornou uma Triple Threat, mas também não foi ruim. A partir da eliminação de Flamita, a luta recebeu mais um gás e entrou em um grande momento, mas foi bem curto e com um pinfall que eu não sou fã, o La Casita do Bandido em Brody King. Agora, parece que Bandido tem Vincent, Alex Zayne e Jonathan Gresham em sua frente, qual deles conseguirá tirar o World Title das mãos do luchador ?
Vencedor: Bandido – Nota: 7/10
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Pra mim, a nota geral do evento foi um 7. Talvez seja pelo fato de que o Glory By Honor tenha sido dividido em dois dias, mas esse evento aqui foi mais divertido de assistir. Boa parte das lutas não passaram de medianas, mas é compreensível pela qualidade dos lutadores envolvidos.
Concorda ou não ? Coloca sua opinião aí nos comentários e bora discutir saudavelmente, belezinha ? Até mais!