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Ex-WWE diz que Triple H se apoia em retornos para gerar conteúdo viral

Vince Russo, ex-roteirista da WWE, acusa Triple H de usar retornos surpresa, como o de AJ Lee, como uma muleta que prejudica a audiência a longo prazo.

Ex-WWE diz que Triple H se apoia em retornos para gerar conteúdo viral

Vince Russo, ex-roteirista da WWE, fez duras críticas à direção criativa de Triple H, acusando-o de focar em gerar reações momentâneas do público em vez de construir narrativas de longo prazo. A análise foi feita durante sua participação no podcast Behind the Turnbuckle.

Para Russo, a estratégia se baseia em “colecionar pops”, ou seja, grandes reações da plateia, usando retornos surpresa como uma muleta. Ele citou exemplos recentes para ilustrar seu ponto, como a volta de AJ Lee na edição de 5 de setembro do SmackDown e o retorno de Brock Lesnar no final do SummerSlam deste ano.

Segundo o ex-roteirista, essa abordagem funciona como uma carta na manga para ser usada em momentos de pressão.

“Olha, eu ainda não consegui entender isso, porque ele nos mostrou claramente qual é o seu estilo de booking. E se olharmos o que está acontecendo agora, ele está colecionando os ‘pops’ — é isso que ele está fazendo”, afirmou Russo.

Ele acredita que esses retornos são uma medida reativa, acionada sempre que os números de audiência caem ou quando parceiros de mídia, como a Netflix ou a USA Network, expressam alguma preocupação. O grande problema dessa tática, na visão de Russo, é que ela ensina o público a não precisar acompanhar o show completo.

“Toda vez, se a Netflix diz algo, se a USA [Network] diz algo, se aquele número cai para 1.1 — ah, quem é o próximo? A Liv Morgan está pronta? É isso que ele está fazendo: colecionando os ‘pops’. Mas tudo o que isso faz é dizer às pessoas: ‘Você não precisa assistir a este show de duas horas. Vá assistir ao ‘pop’ de um minuto no YouTube'”, explicou.

No fim das contas, Russo argumenta que, embora a estratégia possa gerar um impulso rápido, ela pode afastar os espectadores do programa a longo prazo. “É a carta na manga dele — essa é a carta na manga. Mas, como eu disse, essa carta está afastando as pessoas de assistirem ao produto”.