Comentários e Notas: ROH Final Battle 2021
No último dia 11 de dezembro, a ROH realizou seu último grande evento antes do hiato, o Final Battle. Em uma noite cheia de ação, a empresa apresentou 11 combates de qualidade… mas será que foram mesmo ? Bem-vindos a mais uma edição do Comentários e Notas, o quadro onde avaliamos as lutas dos principais eventos das principais empresas atualmente no pro-wrestling.
Antes de começarmos, deixa eu dar um recado importante: O sistema de notas NÃO reflete sobre o que essas lutas aqui foram se comparadas com outras. Explicando melhor, não é porque uma luta aqui é nota 10 que ela se compara com lutas que foram 5 estrelas, nada disso, porém, pro padrão que o evento se propôs a apresentar, ela foi nota 10, deu pra entender direitinho ? Sem mais delongas, bora lá:
Shane Taylor Promotions vs. The Righteous
O ano da STP como campeões de trios terminou e eu não fui muito fã da mudança de título, mas a luta foi boa. Moses e O’Shay são boas promessas, e Dutch tem sido consistente por anos. Os outros caras na luta fizeram um bom trabalho, tornando essa luta em algo que dá pra ficar marcado na memória. Uma luta de abertura divertida com um final que não fui fã, mas não achei exatamente ruim, já que The Righteous é um grupo bom, e colocar Vincent como fazer parte do primeiro e possível último Six-Man Champions foi bom.
Vencedores: The Righteous – Nota: 6,5/10
Chelsea Green e The Hex vs. Miranda Alize e The Allure
Tivemos aqui uma combinação bem aleatória de times e eu confesso que a luta foi pior do que eu esperava, mas deu pra passar o tempo. Chelsea Green e Miranda Alize foram provavelmente os destaques aqui, e foi bom ver a NWA continuar a parceria e enviar suas Women’s Tag Team Champions para o show. Além do final que foi bem mal executado, a luta não teve grandes botches e nem nada do gênero, e as participantes nitidamente não estavam acostumadas umas com as outras, infelizmente.
Vencedoras: Miranda Alize e The Allure – Nota: 5/10
10-Man Tag Team Match
Essa luta em si foi ok, provavelmente um pouco acima da média, mas o booking a prejudicou um pouco, pois foi anunciada como uma luta misteriosa de 10 lutadores, com nenhum dos participantes revelado de antemão. Dito isso, acabou sendo praticamente todos os caras regulares da Ring of Honor, com a maioria deles sendo do card inferior ou um pouquinho acima. Acho que havia uma expectativa de um retorno surpresa ou talvez uma estreia, mas não rolou. O único ponto que vai ser lembrado dessa luta é o Doomsday Canadian Destroyer do PJ Black.
Vencedores: Flip Gordon, PJ Black, The Bouncers e World Famous CB – Nota: 6/10
Dragon Lee vs. Rey Horus
Uma luta de abertura bem boa aqui, que não foi tão boa quanto sua luta pelo Television Championship no início do ano, mas ainda tinha algo mais importante: público. Claro que era puramente spotfest, então, se você não gosta, não é pra você, é ação pura e mal dá pra respirar. E é aqui que esses dois lutadores se destacam mais, eles foram capazes de estender sua química juntos e isso era exatamente o que eu esperava. Eles não estavam lá para guerrear entre si, mas para impressionar os fãs, o que funcionou porque foi super agradável de assistir.
Vencedor: Dragon Lee – Nota: 7,5/10
Dalton Castle vs. Joe Hendry vs. Rhett Titus vs. Silas Young
Mais uma luta na qual a execução não passou de ok e, honestamente, uma decepção considerando os talentos envolvidos. Até um pouco mal desenvolvido; conseguiu, de alguma forma, ter uma tonelada de tempo morto e parecer extremamente longa com apenas 8 minutos. Isso não quer dizer que foi totalmente terrível. Foi sólida devido ao trabalho dos personagens de Hendry e Castle, e Silas e Rhett conseguindo algumas sequências legais. Principalmente, ver Rhett finalmente ganhar o ouro solo após 16 anos na empresa foi algo bom.
Vencedor: Rhett Titus – Nota: 5,5/10
Brian Johnson vs. Josh Woods
Essa foi uma das, senão a mais divisora das lutas da noite. Eu pessoalmente não gostei e também não odiei. O pró aqui foi a estratégia e o desenvolvimento do personagem de Johnson durante o combate, tentando descobrir o que derrotaria o campeão. No final, Woods era simplesmente muito durão para ser derrubado. A principal coisa que isso fez foi criar a possibilidade de que a Foundation saísse do evento com todo o ouro. Luta sólida, mas não vale a pena sair do seu caminho pra ver a menos que você seja um grande fã de lutas nesse estilo.
Vencedor: Josh Woods – Nota: 6,5/10
Kenny King vs. Shane Taylor
Grande estipulação entre Taylor e King aqui e acho que falo por todos quando digo que esta foi a surpresa da noite porque embora a luta tivesse potencial no papel, não acho que ninguém esperava que fosse tão boa. No final, conseguimos exatamente o que procuro no fim de uma rivalidade que termina com uma estipulação como esta, você quer algo violento e foi isso que eles nos deram aqui, então fiquei satisfeito com o que eu vi. A ação em si foi muito divertida também, eles fizeram ótimos spots como aquele Piledriver de Taylor na escada, aquele salto de King no topo da escada, o Blockbuster nas mesas e mais coisas. Taylor tem um potencial enorme e merece ir pra outra grande empresa.
Vencedor: Shane Taylor – Nota: 8/10
Rok-C vs. Willow
Foi uma boa luta, Willow parecia um pouco desconexa em alguns momentos mas isso não afetou a qualidade da luta. Ela teve ótimos contra-ataques para Rok-C, que foi a underdog enquanto ainda se mantinha ofensiva o suficiente para ser uma luta competitiva. O único problema pra mim foi a Rok não ser a heel da partida, as duas estavam um pouco mais caladas do que o normal, mas continuaram sendo babyfaces, e o carisma da Willow impedia que ela fosse a heel aqui, ficou claro que os fãs queriam que Willow ganhasse, e eu não os culpo, só acho que uma Rok-C mais controversa teria dado um toque a mais.
Vencedora: Rok-C – Nota: 7/10
VLNCE UNTLD e Rocky Romero vs. EC3, Eli Isom, Taylor Rust e Tracy Williams
Não foi uma luta ruim aqui, apesar de ter o EC3 envolvido – ele está atingindo os níveis de excesso de confiança delirante do CM Punk sem ter quase uma história para sustentá-lo. Brody King é um monstro, e esperançosamente se juntará a Malakai Black na AEW. A luta em si foi o que você esperaria de uma luta de várias pessoas e, como as outras no card, estava aqui para fazer com que o maior número possível de pessoas aparecesse no show. Tivemos muitos pontos bons, mas no final das contas isso é tudo, já que não havia história ou coesão suficiente pra isso existir.
Vencedores: Brody King, Homicide, Rocky Romero e Tony Deppen – Nota: 6,5/10
The Briscoes vs. The OGK
Os Briscoes são uma das melhores duplas do mundo, e os OGK não decepcionaram. Ambas as equipes deram as performances de suas vidas aqui, contribuindo para uma grande despedida. A AEW ou a IMPACT precisam contratar os Briscoes o mais rápido possível, pois cada uma poderia usá-los de maneiras diferentes e úteis. E foi uma luta incrível, cheia de ação, mas tudo tinha um lugar e um propósito, mesmo que ficasse confuso no final, só aumentava a intensidade. Os Briscoes saírem como campeões foi absolutamente a decisão certa, pois eles têm sido o maior ponto da divisão de duplas da ROH durante a maior parte de sua existência.
Vencedores: The Briscoes – Nota: 9/10
Jay Lethal vs. Jonathan Gresham
Boa luta principal e um bom fechamento pro final dessa grande era da Ring of Honor. Fico feliz que eles escolheram Lethal como um substituto em vez de qualquer um, já que Lethal e Gresham têm uma história juntos. Vimos um grande momento lá quando todo o vestiário da ROH veio ao ringue e ficou batendo no ringue, fez a luta parecer mais especial. Gresham venceu e ele mereceu. Espero que ele e os outros campeões ainda possam defender os títulos da ROH mesmo durante o hiato na AEW, NJPW, IMPACT e quaisquer outras promoções apenas para continuar os reinados. Mas essa luta poderia ser ainda maior e acredito que algo ficou faltando, talvez uns 5 minutos a mais.
Vencedor: Jonathan Gresham – Nota: 8,5/10
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Pra mim, a nota geral do evento foi um 8,5. Foi um bom show pra ROH antes de entrar em hiato. Todas as lutas entregaram algo e as mensagens que vimos dos antigos lutadores (CM Punk, Bryan Danielson, etc) ajudaram a tornar esse evento mais especial. Resta esperar pra ver qual será o futuro da Ring of Honor.
Concorda ou não ? Coloca sua opinião aí nos comentários e bora discutir saudavelmente, belezinha ? Até mais!