
Paul Heyman voltou a abrir o baú de memórias sobre a fase mais turbulenta e, ao mesmo tempo, simbólica da ECW. Em entrevista ao podcast “What’s Your Story?”, comandado por Stephanie McMahon, o atual membro da WWE resgatou episódios pouco conhecidos da administração financeira da antiga promoção.
Heyman lembrou que a ECW atravessou sucessivos períodos de instabilidade, situação que colocava em risco desde o pagamento do elenco até a continuidade dos shows. Ele destacou que, mesmo assim, a fidelidade do vestiário nunca cedeu. Segundo relatou, essa confiança nasceu de uma relação construída com transparência, já que atuava como proprietário e responsável criativo da marca.
O produtor explicou que jamais priorizou ganhos pessoais, mesmo quando o cenário se tornava insustentável. Para ele, essa postura fez diferença no momento em que a empresa se aproximava do colapso. Antes de entrar para a WWE, em 2001, Heyman comandou a ascensão de talentos que marcariam gerações, como os Dudley Boyz, mas assumiu custos que comprometeram sua própria estabilidade financeira.
Heyman afirmou que o respeito do elenco veio justamente da convicção de que ele enfrentava as mesmas dificuldades. Segundo contou, essa percepção reforçou o espírito coletivo dentro da ECW e sustentou a lealdade dos lutadores até os momentos finais da companhia.
O dirigente sintetizou esse período em uma declaração contundente sobre a dimensão dos sacrifícios pessoais que fez para manter a empresa ativa. “Acho que minha salvação sempre foi não ter saqueado a empresa. Eu não fui um daqueles promotores que pegava o dinheiro, escondia nas meias e dizia ‘Oh, não temos dinheiro hoje’. Eu fali também. Gastei tudo o que tinha tentando salvar a companhia. Nunca paguei a mim mesmo por sete anos e meio na ECW”, afirmou.
Fonte: What’s Your Story?