Seth Rollins participou do The Ross Tucker Podcast ao lado de Becky Lynch e falou de forma aberta sobre o passar do tempo no Pro Wrestling. A aposentadoria não está nos planos agora, mas ele deixou claro que já entende melhor os limites da própria carreira na WWE.
Segundo Rollins, a conta é simples. Ele começou muito jovem e hoje se vê em outro momento da vida.
“Tenho muitos anos restantes no tanque, então não tenho certeza se estou lá ainda. Mas penso frequentemente sobre a mortalidade da minha carreira, porque comecei quando tinha 17 ou 18 anos, e agora tenho quase 40 e certamente não vou até os 60. Então, estou quase mais perto do fim do que do começo.”
Essa percepção mudou a forma como ele olha para seus objetivos atuais. Rollins comentou que pensa mais no que ainda pode fazer dentro da empresa, seja conquistando algo novo ou ajudando de outras maneiras. Mesmo assim, ele não enxerga o combate final no horizonte próximo.
“Penso sobre a mortalidade, o fato de que está diminuindo e talvez haja alguma urgência para fazer algumas coisas que não fiz ou contribuir de uma maneira diferente. Mas minha última luta, meu último momento, sinto que está tão longe que ainda não cheguei lá.”
Becky Lynch, que também estava presente, mostrou uma visão mais simples sobre o assunto. Quando questionada se já pensa em sua última luta, respondeu apenas:
“Não, ainda não.”
O tema ganhou ainda mais força após a despedida recente de John Cena no Saturday Night’s Main Event. Na ocasião, Cena encerrou a carreira após perder para Gunther, desistindo por submissão. O final gerou debate entre fãs, e Rollins compartilhou sua leitura do momento.
“Tenho sentimentos mistos sobre isso. John é um dos maiores de todos os tempos, seu lema é nunca desistir, mas as pessoas o criticaram por desistir e não pareceu que ele estava fazendo isso. Parecia que ele estava desaparecendo no pôr do sol, como se tivesse feito seu trabalho, estivesse feliz por fazê-lo e estivesse passando a bola. É assim que me senti, e posso ser minoria nisso, mas no final das contas ele sorriu antes de fazer isso, então há algo poético nisso. Eu não sei, amo John, é difícil para mim questionar qualquer coisa que ele faça.”
A conversa mostra um Rollins mais consciente do tempo, sem pressa para sair, mas atento ao que ainda pode construir enquanto segue ativo nos ringues.
Fonte: The Ross Tucker Podcast