
A The Wyatt Sicks vive um momento decisivo na WWE. Fora do ringue, a empresa investe pesado no grupo, com destaque em ações de marketing e projetos especiais. Dentro dele, no entanto, a identidade que conquistou o público na estreia começa a se perder.
A equipe formada por Uncle Howdy, Erick Rowan, Joe Gacy, Dexter Lumis e Nikki Cross surgiu com a proposta de aplicar uma “justiça distorcida” a partir de histórias ligadas ao legado de Bray Wyatt. Essa narrativa, somada às máscaras inspiradas no Firefly Funhouse, criou um clima sombrio e único. Com o tempo, a missão se diluiu: o grupo passou a atacar tanto faces quanto heels, e a atual corrida pelo WWE Tag Team Championship afasta o foco das tramas psicológicas que antes definiam o trabalho da equipe.
A mudança visual também impactou a recepção. Quando alguns integrantes passaram a lutar sem máscara, a atmosfera intimidadora se perdeu. Joe Gacy e Dexter Lumis, sem o elemento visual que ajudava a criar tensão, ficaram mais próximos de superstars comuns, reduzindo o fator de imprevisibilidade que marcou a estreia.
Apesar disso, a WWE mantém o Wyatt Sicks como peça importante no entretenimento da marca. Em 2025, eles serão atração principal do Halloween Horror Nights da Universal Studios, com labirinto próprio e produtos exclusivos. No WWE 2K25, o modo “The Island” aprofunda a história do grupo, utilizando vinhetas e áudios inéditos de Bray Wyatt para ampliar o universo criado em sua homenagem.
Fora das gravações, o grupo se mantém relevante como produto e atrativo comercial. No SmackDown, porém, o desafio é resgatar a aura sombria e a construção narrativa que os diferenciam de outras duplas e stables do elenco.