
A TKO Group, empresa que controla a WWE e o UFC, confirmou uma mudança radical em seu modelo de negócios: a partir de agora, a companhia vai cobrar altas taxas de cidades que queiram sediar seus grandes eventos ao vivo, adotando uma estratégia parecida com a da Fórmula 1.
A nova diretriz foi anunciada pelo presidente da TKO, Mark Shapiro, que deixou claro que a prioridade máxima da empresa é gerar caixa. Em suas palavras, o mais importante é “Dinheiro. Dinheiro resolve”.
Na prática, isso significa que a TKO está negociando ativamente com mercados internacionais para levar para lá eventos como a WrestleMania ou grandes cards do UFC. Cidades como Londres, Paris e várias localidades no Oriente Médio já estão em conversas com a empresa.
Um exemplo disso é o plano de levar um segundo evento do UFC Fight Night para a Arábia Saudita, em um acordo estruturado para não conflitar com os direitos de exclusividade que Abu Dhabi já possui na região.
Essa mentalidade representa um rompimento com a filosofia de Vince McMahon, que, segundo Shapiro, tinha uma política de preços de ingressos mais voltada para a família e não focada em maximizar as oportunidades de lucro. A ideia agora é aplicar o modelo de maior “retorno por ingresso” do UFC também à WWE, aumentando a receita por cada lugar vendido na arena.
A questão é que essa nova política não se aplica apenas aos grandes eventos globais. A mudança mais drástica afeta até mesmo os shows semanais, como o RAW, SmackDown e NXT, que acontecem nos Estados Unidos.
Shapiro avisou que, se uma cidade quebrar recordes de bilheteria, ela agora será obrigada a pagar uma taxa para que a WWE retorne no futuro.
Ele usou um exemplo claro para ilustrar a nova regra, colocando cidades para competir entre si. Se St. Louis tiver um show de sucesso, mas Des Moines oferecer um pagamento, a empresa não hesitará. “Você tem que pagar para a gente voltar, ou então nós levaremos para outra cidade”, afirmou Shapiro.