O Survivor Series deste sábado só confirmou aquilo que eu já imaginava: Triple H não suporta CM Punk. Você até pode acreditar naquele discurso de que “as diferenças ficaram no passado”, mas, no fundo, parece que HHH ainda não superou tudo o que veio junto com o retorno de Punk à WWE em 2023.
Mais uma vez, Punk teve destaque no Survivor Series, mas de um jeito frustrante para quem esperava vê-lo como um campeão dominante, com presença e impacto. O lutador que um dia foi o “Best in the World” está longe desse rótulo — e aceita isso de bom grado, quase como um funcionário modelo demais. A impressão é de que ele precisa, a qualquer custo, provar que aquele cara de 2014 e da AEW ficou no passado. Balela!
No combate, Punk foi o primeiro a entrar. Logo depois veio Bron Breakker, que controlou o campeão de ponta a ponta, sem dificuldade. Em seguida, Drew fez sua entrada, e a situação virou um dois contra um. Punk apanhou, foi levado ao limite e ainda terminou com um corte na testa. Já Cody Rhodes — o outro campeão mundial da WWE — entrou com outro ritmo. Teve seus momentos, aplicou o Cross Rhodes, encarou Brock Lesnar e fez o que precisava fazer. Punk, por outro lado, encerrou a noite levando um Superkick, um Stomp de um homem encapuzado e, por fim, o pin de Breakker.
O evento principal do Survivor Series só reforçou a impressão que eu já tinha. Punk recebeu o título das mãos de HHH muito mais por fan service — até porque, desde sua volta em 2023, ninguém recebeu um pop maior que o dele.
Hoje, o reinado de Punk parece um dos mais fracos de sua carreira — e possivelmente o pior da versão atual do World Heavyweight Championship. Ele segura o título, mas não transmite a postura de um campeão. Até Dominik, sem qualquer desmerecimento, tem recebido mais atenção e cuidado no planejamento de HHH.
Não estou dizendo que a WWE precisa colocar Punk como o grande nome do momento. Nem acho que ele mereça isso. Mas também não dá para aceitar, em 2025, um campeão tão enfraquecido, especialmente depois de tirarem o título de um dos talentos mais promissores do futuro da WWE: Gunther.
Punk segue com o título, mas não com a força ou o respeito que se espera de um campeão mundial. Enquanto Triple H mantiver esse tratamento ambíguo e o roteiro continuar apagando o brilho de Punk, o reinado não deve evoluir. Resta saber se a WWE pretende reerguê-lo ou se a ideia é apenas deixá-lo cumprir tabela numa fase que, pelo que se vê, está longe de fazer jus ao peso que um campeão deveria ter.
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