Comentários e Notas: IMPACT Turning Point 2021

No último dia 20 de novembro, a IMPACT Wrestling realizou o seu especial mais recente, o Turning Point. Em uma noite de ação, a empresa apresentou 11 combates de qualidade… mas será que foram mesmo ? Bem-vindos a mais uma edição do Comentários…

No último dia 20 de novembro, a IMPACT Wrestling realizou o seu especial mais recente, o Turning Point. Em uma noite de ação, a empresa apresentou 11 combates de qualidade… mas será que foram mesmo ? Bem-vindos a mais uma edição do Comentários e Notas, o quadro onde avaliamos as lutas dos principais eventos das principais empresas atualmente no pro-wrestling.

Antes de começarmos, deixa eu dar um recado importante: O sistema de notas NÃO reflete sobre o que essas lutas aqui foram se comparadas com outras. Explicando melhor, não é porque uma luta aqui é nota 10 que ela se compara com lutas que foram 5 estrelas, nada disso, porém, pro padrão que o evento se propôs a apresentar, ela foi nota 10, deu pra entender direitinho ? Sem mais delongas, bora lá:

FinJuice vs. Raj Singh e Rohit Raju

Antes de qualquer coisa, FinJuice iriam originalmente enfrentar Crazzy Steve e Black Taurus, porém, não rolou. Basicamente a definição do que se esperar em uma luta de pre-show. Um combate até que bem energético, porém, sem sentido como vários outros que vem rolando. Juice foi o destaque porque ele tem se esforçado bastante, e a vitória da dupla de Juice e Finlay era esperado.

Vencedores: FinJuice – Nota: 6/10

Jordynne Grace vs. Chelsea Green

Considerando que o Digital Media Championship é um dos títulos mais avulsos que eu vi em 2021 (Até no NXT UK os títulos fazem mais sentido), a luta foi realmente boa. Tivemos uma ação do nível Grace, não decepciona. Até acho que a Chelsea não precisava lutar pelo cinturão agora, eu vejo ela como uma futura campeã e acho que a oportunidade podia ter sido dada pra outra pessoa, mas não reclamo tanto porque a luta foi legal de assistir.

Vencedora: Jordynne Grace – Nota: 7/10

Ace Austin vs. Chris Sabin

Uma boa luta de abertura entre Sabin e Austin aqui no que foi ainda melhor do que seu primeiro encontro na TV algumas semanas atrás. Era óbvio que uma série de lutas entre os dois iria rolar e eu sou bem a favor dessa ideia. Eles são dois lutadores muito bons que sempre oferecem algo, eles são a representação da X-Division e vê-los em uma rivalidade mesmo que não seja em torno do título é algo que eu gosto. A ação entre os dois foi muito interessante de se seguir do início ao fim, acho que era necessário que o Sabin vencesse aqui para estar a uma vitória do terceiro confronto para completar a trilogia.

Vencedor: Chris Sabin – Nota: 7,5/10

Heath e Rhino vs. Violent By Design

Eu não aguento mais essa rivalidade, puta merda. Eu até achei legal que a Impact estava vendendo o fato de que Rhino estava deixando a Violent By Design para se reunir com Heath como algo importante, uma equipe que obviamente nos lembra os dias de glória do WWE SmackDown cinco anos atrás. A construção até que foi boa e a storyline é compreensível, mas serve para manter todos os envolvidos ocupados. Já no ringue, o confronto foi apenas mediano e de qualquer forma foi curto demais para ser algo melhor. Finalizando, gostei do final e é bom ver Eric Young em ação novamente.

Vencedores: Eric Young e Joe Doering – Nota: 5/10

Rich Swann vs. VSK

Aqui era pra ser Swann vs. Brian Myers, mas achei até melhor não ter sido. VSK é provavelmente um dos free agents mais subestimados do ramo porque nem sempre fica em grandes promoções, mas quando chega, sempre mostra coisas muito boas, como foi o caso aqui. Acho que essa luta era mais adequada pra um episódio semanal porque não tem muito o calibre de um evento assim, mas não me importei porque a ação foi divertida, seis minutos de boa luta livre com golpes agradáveis.

Vencedor: Rich Swann – Nota: 6/10

Matt Cardona vs. W. Morrissey

Uma luta mediana entre Cardona e Morrissey aqui e isso é algo que não me surpreende porque, sejamos honestos, são o Cardona e o Morrissey. Eu já não gostei muito da ação em si, que foi pra passar o tempo, mas nada mais, a dinâmica era o que deveria ser com Morrissey dominando e Cardona dando algumas respostas bem legais que acordaram o público, mas foi o básico. Eu não esperava muito, por isso não vou dizer que me decepcionou, mas continuo achando que podia ter sido melhor, e não gostei do final com aquela intervenção do Moose.

Vencedor: W. Morrissey – Nota: 5,5/10

Decay vs. The IInspiration

Se você não gostou da luta dessas quatro aqui no Bound For Glory, bom, essa aqui foi um pouquinho melhor. Felizmente, elas compensaram aqui com uma luta de maior qualidade, nada de especial novamente, mas uma sólida ação de duplas. Obviamente, há uma melhoria definitiva de Lee e McKay, que trabalham muito melhor juntas aqui do que na WWE e nos dão o reinado que deveriam ter tido há dois anos no main roster da empresa de Stamford. Gostei do final que reforça ainda mais o papel de heel que a IInspiration terá, então foi divertido.

Vencedoras: The IInspiration – Nota: 6,5/10

Trey Miguel vs. Laredo Kid vs. Steve Maclin

Boa luta entre Miguel, Maclin e Laredo no que teria sido uma boa abertura para o show, mas rolou no meio do evento com menos tempo do que eu esperava. Essa luta não tinha razão para durar vinte minutos ou algo assim, então o fato de eles constantemente colocarem algo na mesa durante nove minutos sem qualquer tempo para respirar foi algo que eu gostei. Eu estava esperando algo um pouco melhor, porque houve alguns erros graves aqui e ali, mas nada muito perturbador porque foram pequenos erros. No geral, eles surgiram com algumas ideias criativas e vi muitos pontos bons, a X-Division ainda tem qualidade.

Vencedor: Trey Miguel – Nota: 7/10

Mickie James vs. Mercedes Martinez

Uma luta interessante entre Mickie James e Mercedes Martinez aqui, que são ambas veteranas e que tinham todos os ingredientes em mãos para nos oferecer conteúdo ao nível de seu talento. Gosto das duas lutadoras, mas não esperava algo tão agradável de assistir, elas superaram minhas expectativas e se saíram muito bem juntas. Acho bacana a ideia da Mickie James como campeã só para vê-la nos dar defesas de título como essa todas as vezes, ela ainda é uma ótima lutadora e acho que o elogio também poderia ir para Martinez, mesmo que eu preferisse a vitória dela.

Vencedora: Mickie James – Nota: 7/10

Good Brothers vs. Bullet Club

A Impact necessita de duplas novas, pelo amor de Cristo. Meu problema aqui não foi a ação, mas sim o booking, por que dar a eles apenas sete minutos quando eles têm aquele lugar no co-evento principal e os títulos estavam em jogo, e então por que fazer um final como esse com um roll-up ridículo ? Julgando a luta em si, foi bastante mediana como todas as lutas dos Brothers. Também espero que essa rivalidade tenha se encerrado de vez, já cansei de ver Bullet Club e FinJuice brigando pelos cinturões aqui.

Vencedores: Good Brothers – Nota: 5,5/10

Moose vs. Eddie Edwards

Obviamente, aqui eu esperava algo bom, mas foi melhor do que eu tinha imaginado. Esses dois caras são verdadeiras lendas da Impact e vêm fazendo ótimas performances há anos, vendo-os se enfrentando pelo World Title aqui foi algo merecido por eles. Mais de trinta minutos com enorme intensidade, ritmo bom e ação interessante de assistir. Nem tudo foi perfeito como aquele overbook com Morrissey e Cardona, mas no geral foi bom na execução, bons golpes e ambos desempenharam seus papéis de forma segura. Edwards é um grande babyface que tinha o público na palma da mão e fazia você acreditar que ele iria ganhar e isso faz você odiar Moose ainda mais, então foi legal.

Vencedor: Moose – Nota: 7,5/10

Pra mim, a nota geral do evento foi um 7. Eu gostei mais de assistir esse especial do que o próprio Bound For Glory, mas é sempre bom lembrar das limitações da Impact. Espero que eles consigam pegar uma parte da galera que está saindo da Ring of Honor e algum liberado pela WWE, eles precisam de uma renovação mais rápida.

Concorda ou não ? Coloca sua opinião aí nos comentários e bora discutir saudavelmente, belezinha ? Até mais!

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