
A série ‘WWE: Unreal’, da Netflix, enfrenta acusações de que seu objetivo principal é promover a imagem de Paul ‘Triple H’ Levesque, em vez de oferecer um olhar autêntico sobre os bastidores da empresa. Segundo o jornalista Dave Meltzer, a crítica de fontes internas é que a produção retrata Levesque como a mente criativa por trás do sucesso da WWE, diminuindo o papel de suas principais estrelas.
Durante o programa Wrestling Observer Radio de 31 de julho, Meltzer detalhou a percepção de pessoas da indústria. Ele explicou a intenção por trás da série:
“A série inteira foi claramente projetada… uma fonte muito envolvida disse que a ideia era apresentar Levesque… é um veículo para Levesque. Eles estavam tentando apresentar Levesque como Dana White, com a ideia de que a estrela, a mente por trás de tudo, é Levesque, e os lutadores são os lutadores — eles vêm e vão, são apenas peças.”
Meltzer argumentou que, embora estrelas como Cody Rhodes e Rhea Ripley sejam mostradas de forma positiva, a narrativa os posiciona como peças em um jogo controlado por Levesque.
“Eu senti, ao assistir… que eles minimizaram os lutadores. Ripley, Cody Rhodes — eles pareceram pessoas muito legais, que falam bem, mas foi retratado de forma que eles eram os peões e Paul Levesque era o manipulador.”
A crítica também aponta que a série omite tensões recentes nos bastidores, como a influência de The Rock no processo criativo. Além disso, Meltzer afirmou que a produção atribui decisões de roteiro aos produtores Bruce Prichard e Ed Koskey de uma maneira que não reflete a realidade controversa de como ocorreram.
“Eles basicamente inventaram todo o cenário… estavam reescrevendo como tudo aconteceu. Fizeram parecer que foi uma decisão deles, quando não foi.”
Segundo a análise, ‘Unreal’ molda uma narrativa específica onde Triple H é o arquiteto principal, e os outros apenas desempenham seus papéis. Isso levanta questionamentos sobre a autenticidade do conteúdo apresentado como ‘realidade’ na série.