
O episódio do SmackDown da última semana registrou uma das piores audiências da marca em quatro anos: rating de 0,23 no público de 18 a 49 anos e média de 1,03 milhão de espectadores. Esses números representam uma queda de 16,8% em comparação com a semana anterior e foram calculados pelo novo sistema Big Data + Panel da Nielsen, em vigor recentemente.
Segundo Dave Meltzer, no Wrestling Observer Radio, os resultados geraram forte preocupação tanto na WWE quanto na AEW. “Quando esse número saiu, eu vi muita gente dos dois lados entrando em pânico porque estava muito mais baixo — e estava mais baixo até mesmo que o sistema antigo da semana passada”, afirmou. Ele explicou que a queda superou o esperado com a mudança de metodologia: “Uma coisa é quando você está fazendo 0.35 e dizendo ‘Ok, estamos 20% abaixo com esse novo sistema, não é bom’, mas quando é 0.23, essa é uma diferença grande.”
O Dynamite e o Collision, da AEW, também tiveram quedas significativas sob o novo modelo da Nielsen.
Meltzer ressaltou que a situação pode criar pressão na relação da WWE com a USA Network, subsidiária da NBCUniversal. “Não dá para subestimar. Quando você está falando sobre a quantidade de dinheiro que a USA está pagando — olha, ainda é melhor que qualquer outra coisa que a USA está fazendo, não é como se eles fossem cancelar, mas o dinheiro sendo gasto por isso parece ruim”, disse.
O contrato atual de cinco anos entre a NBCUniversal e a WWE para exibir o SmackDown na USA Network é avaliado em US$ 1,4 bilhão, um aumento de 40% em relação ao acordo anterior de US$ 1 bilhão com a FOX, válido de 2019 a 2024.
A AEW pode enfrentar situação semelhante com a Warner Bros. Discovery, que paga valores expressivos pelos direitos do Dynamite, exibido na TBS, e do Collision, transmitido na TNT.
Os índices mais baixos registrados com o sistema atualizado da Nielsen agora servem como padrão definitivo para redes e anunciantes. Uma fonte descreveu o cenário como “realmente ruim para o wrestling.”