O CEO da TKO, Ari Emanuel, será interrogado sob juramento em 2 de dezembro, como parte de um processo movido por acionistas sobre a fusão da WWE com a Endeavor, em andamento no Court of Chancery de Delaware. A informação foi revelada em documentos judiciais obtidos pelo Wrestlenomics.
Advogados que representam acionistas da WWE acusam Vince McMahon de ter direcionado a venda para a Endeavor por acreditar que Emanuel o manteria no poder, algo que outros potenciais compradores não aceitariam. Emanuel, que desempenhou papel central na fusão que originou a TKO Group Holdings em 2023, deverá responder sobre os termos do acordo e suas comunicações com McMahon.
A agenda de depoimentos inclui outras figuras de destaque da WWE. A ex-co-CEO e conselheira Stephanie McMahon deporá em 24 de outubro, seguida pelo executivo Frank Riddick em 28 de outubro. Paul “Triple H” Levesque está marcado para 4 de novembro, e Vince McMahon para 12 de novembro. Brad Blum, aliado de McMahon e atual presidente da nova empresa 14TH & I, será ouvido em 14 de novembro, na sede da WWE. O presidente da WWE, Nick Khan, terá seu depoimento em 19 de novembro, após alteração da data inicial. Já Mark Zhu, vice-presidente executivo de estratégia da TKO e da Endeavor, está agendado para 5 de dezembro.
O processo, intitulado “In re World Wrestling Entertainment Inc. Merger Litigation”, acusa Vince McMahon e membros do conselho da WWE de quebrarem seus deveres fiduciários durante a negociação da venda. Os acionistas afirmam que McMahon manipulou a fusão para manter sua influência após retornar à empresa no início de 2023. Também alegam que ele buscou concluir o acordo com a Endeavor para evitar possíveis consequências das acusações de má conduta sexual surgidas no mesmo período.
Esse processo ocorre em paralelo a um caso federal separado, no qual McMahon responde a acusações de má conduta sexual feitas pela ex-funcionária Janel Grant. Segundo os acionistas, essas denúncias foram um dos fatores que motivaram a pressa de McMahon em unir a WWE à Endeavor. Os depoimentos fazem parte da fase de coleta de provas, e suas transcrições não são automaticamente públicas, mas trechos podem ser apresentados como evidência caso o processo vá a julgamento.